Dimensões da crise e metamorfose do mundo do trabalho
Os países de capitalismo avançado viveram na década de 80, a mais aguda crise do mundo do trabalho. Essa crise teve duas dimensões, a saber: aquela que atingiu a materialidade, a objetividade da classe trabalhadora, acarretando metamorfoses agudas ao processo de trabalho e ao processo de produção do capital; uma crise no plano da subjetividade do trabalho, que não se desvincula desta primeira, mas tem características particulares. Essa crise afetou sensivelmente também e diretamente os organismos de representação da classe, especialmente os sindicatos e os partidos de esquerda. Primeira Dimensão da Crise Década de 80 e sua caracterização: ► Enorme salto tecnológico (desenvolvimento das forças produtivas) uso da robótica e da microeletrônica, dentre outros (que significou a redução do trabalho vivo e o aumento sobremaneira, do trabalho morto); ► Padrão toyotista de produção de mercadorias (nasceu na fábrica Toyota inicialmente).